Ensamblamento dos fragmentos da experiência numa ordem binária - acerto e erro - forma o que chamamos de pensamento - o próprio Descartes a partir da dúvida erigiu sua filosofia em direção a certeza, pois é de certo modo o recorrente sim e não humano que criou o que chamamos de cultura → mas não como um livre-arbítrio, como um inatismo superior ao exterior; toda a visão do antropomorfismo (é o que chamamos de historia de toda cultura) é a partir de patamares materiais que se tornaram complexos na evolução do que chamamos cérebro → que transformou a recepção dos impulsos externos em fenômenos dos fenômenos → Epifenômeno. A experiência biológica e, a única que conhecemos, suas consequências que se tornam metafísicas, ciências, arte, religião, mitos e tudo mais que chamamos de cultura no mais amplo sentido, é um provisório fluxo que continuará em mais diversos futuros no qual o homem não tem influência com seu epifenômeno, senão como registrador do indeterminado ...
Parece mais racional acreditar num behaviorismo cruel do que num livre-arbítrio meloso, cheio de religiões, deuses, morais e metafísicas que se embaraçam no seu próprio vazio; mesmo não acreditando na racionalidade, uso este conceito para justificar a experiência que escapa aos sentidos do homem → até porque a defesa da racionalidade é um dialelo, uma petição de principio; então, seria o caso de questionar se posso pisar em algum chão seguro; definir teoricamente a realidade? - Parmênides tinha razão quando dizia que trocaria todo seu reino de sabedoria, toda a sua filosofia por uma pequena tábua que o mantivesse boiando a salvo neste infinito oceano de incertezas; que é a existência humana.
O que chamamos de racionalidade só tem validade quando descreve o fluxo presente do binário matéria-energia, fora disso transcendemos para aquilo que Wittgenstein escreveu → "nós deveríamos nos calar"; mas por um defeito cerebral o epifenômeno gerou estes vazios que foram sendo preenchidos primeiramente por pensamentos selvagens, e numa sequência, por mitos, religiões, saber, filosofia, ciência tecnologia. A falta, a necessidade é o que move a existência e como não conseguimos compreender - talvez falte-nos a faculdade para isso - aproveitamos o abstrato para compensar o concreto ausente...
Convido vocês para embarcar no Navio Maxikoans que se moverá por águas não antes navegadas...
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CARPE DIEM