terça-feira, 6 de março de 2012

O QUE É ISSO MAXIKOANS - parte 3




O QUE É ISSO MAXIKOANS - parte 3






Ensamblamento dos fragmentos da experiência numa ordem binária - acerto e erro - forma o que chamamos de pensamento - o próprio Descartes a partir da dúvida erigiu sua filosofia em direção a certeza, pois é de certo modo o recorrente sim e não humano que criou o que chamamos de cultura → mas não como um livre-arbítrio, como um inatismo superior ao exterior; toda a visão do antropomorfismo (é o que chamamos de historia de toda cultura) é a partir de patamares materiais que se tornaram complexos na evolução do que chamamos cérebro → que transformou a recepção dos impulsos externos em fenômenos dos fenômenos → Epifenômeno. A experiência biológica e, a única que conhecemos, suas consequências que se tornam metafísicas, ciências, arte, religião, mitos e tudo mais que chamamos de cultura no mais amplo sentido, é um provisório fluxo que continuará em mais diversos futuros no qual o homem não tem influência com seu epifenômeno, senão como registrador do indeterminado ...







Parece mais racional acreditar num behaviorismo cruel do que num livre-arbítrio meloso, cheio de religiões, deuses, morais e metafísicas que se embaraçam no seu próprio vazio; mesmo não acreditando na racionalidade, uso este conceito para justificar a experiência que escapa aos sentidos do homem → até porque a defesa da racionalidade é um dialelo, uma petição de principio; então, seria o caso de questionar se posso pisar em algum chão seguro; definir teoricamente a realidade? - Parmênides tinha razão quando dizia que trocaria todo seu reino de sabedoria, toda a sua filosofia por uma pequena tábua que o mantivesse boiando a salvo neste infinito oceano de incertezas; que é a existência humana.







O que chamamos de racionalidade só tem validade quando descreve o fluxo presente do binário matéria-energia, fora disso transcendemos para aquilo que Wittgenstein escreveu → "nós deveríamos nos calar"; mas por um defeito cerebral o epifenômeno gerou estes vazios que foram sendo preenchidos primeiramente por pensamentos selvagens, e numa sequência, por mitos, religiões, saber, filosofia, ciência tecnologia.  A falta, a necessidade é o que move a existência e como não conseguimos compreender - talvez falte-nos a faculdade para isso - aproveitamos o abstrato para compensar o concreto ausente...

Convido vocês para embarcar no Navio Maxikoans que se moverá por águas não antes navegadas...





CARPE DIEM



terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

O QUE É ISSO MAXIKOANS - parte 2






Abandonem a sintaxe formal, deixem a lógica intuitiva da matéria guiar seu pensamento, a corrente elétrica que perpassa seus neurônios não obedece a nenhum pensamento do pensamento, pois Descartes já foi descartado pelos positivistas lógicos que demonstraram sua falsidade. O "desmétodo maxikoaniano" é assistemático, vai abotoando o fluxo kaótico do universo, estamos vivendo a era da incerteza, da entropia. A escrita mais compatível para descrever o estado de coisas é o fluxo da consciência de Keuroac, nunca usar um ponto final derradeiro, pois na natureza e nas suas amplas consequências não existem respiração longa. O rio pode congelar, mas apenas superficialmente, a água por debaixo do gelo mantém seu fluxo e mesmo a água em estado solido pulsa suas moléculas intensamente, portanto é impossível aprisionar a natureza em formalidades eternas:

- O Élan vital de Bergson é real...
- O Panta Rei de Heráclito é indomável... 





Não existem inocência no universo, mesmo as coisas inertes estão prontas para disparar suas vontades; tudo no universo é a dinâmica de forças que independe do antropomorfismo. Temos apenas subjetividades que nos servem para sobreviver. Todo o enunciado só tem validade se o reflexo do fenômeno achar guarida no epifenômeno cerebral. Hume já havia percebido que não podia se fazer ciência com determinação do futuro, o que mais tarde Wittgenstein confirmaria dizendo:

- "Tudo é contingente, o que é poderia não ser..."






Maxikoans é a desconstrução da formalidade acumulada durante história da ciência - do todo absoluto, do todo a priori, de toda a determinação do futuro.
Os maxikoans não evidenciam as contradições, absorve-as, faz a ruminação, digere, faz o bolo de conhecimento assim como acontece na matéria que se espalha pelo universo num infinito...






Quem aponta contradições com seu dedo acusatório, perde o fluxo da natureza que muda de posição no movimento desde o big-bang e cai num circulo vicioso, pois não as absorve e elas se renovam num sem fim que ilude como o não-movimento parmenídico...

sábado, 25 de fevereiro de 2012

MAXIKOANS O QUE É ISSO? - parte l





MAXIKOANS - Linguagens estruturais-sintéticas-analíticas que usam o método de introduzir o kaos no pensamento para que o ser se revele. É uma construção evolutiva e incansável a partir do farejamento pré-socrático, assim como fizeram Nietzsche e Heidegger. Buscar as andanças de dionísio do oriente a Grécia, seu séquito de bacantes, os êxtases, a força da natureza. É ter um olhar atento ao que disseram os filósofos-físicos que antecederam Sócrates - os inventores do átomo, da lógica, do ser, os fundamentos da filosofia. Lá está a essência, o busílis intacto, não alienado, livre de todo encantamento que irá acontecer no decorrer da história. Ali temos o rio de Heráclito impoluto, de águas límpidas que pode matar nossa sede de um conhecimento mais autentico; lá de certa forma ainda está travada a dialética, mas o combustível já está movimentando o motor da tese e anti-tese; lá começamos o olhar MAXIKOANIANO, mas nada impede que estendamos nosso olfato perquiridor a Índia, a China, ao oriente dos mistérios que certamente forneceu  muita matéria para os pré-socráticos...